Como funciona a avaliação pedagógica, psicopedagógica e neuropsicopedagógica

A avaliação contratada, que equivale ao olhar pedagógico, psicopedagógico e neuropsicopedagógico, consiste em acolher, observar, intervir, interagir, ensinar, motivar e estimular a criança ou adolescente, para analisar seu desenvolvimento integral, principalmente vinculado ao seu neurodesenvolvimento e seu o processo de aprendizagem.

De acordo com cada caso avaliado, há uma flexibilidade que se refere aos critérios: avaliações anteriores; quadro clínico; desenvolvimento integral no momento da avaliação; idade e protocolos avaliativos pedagógicos, psicopedagógicos e neuropsicopedagógicos.

Os atendimentos variam de, no mínimo, três atendimentos até seis atendimentos.

Etapas da avaliação

Uma entrevista que ocorre com os pais e com a criança ou adolescente. Tem por objetivo estabelecer um ponto inicial no diagnóstico

Pode ser uma reunião na escola ou ligação para a escola, depende o caso.

Solicitação para os pais do preenchimento de protocolos avaliativos, enviados via e-mail e para serem respondidos no tempo acordado;

O preenchimento dos protocolos avaliativos é obrigatório para a finalização da avaliação.

Análise do comportamento, da interação social, do emocional, das funções executivas, do processo da aprendizagem, da comunicação e da percepção do espaço, comandos e propostas planejadas. Esta análise envolve a recepção, acolhimento, espontaneidade, observação, mediação, realização de atividades pedagógicas, intervenção, direcionamento para os objetivos propostos, atividades planejadas e livres.

É uma análise de tudo que foi diagnosticado e uma orientação sobre como ocorrerá a intervenção.

Como funciona a intervenção

Cada criança ou adolescente possui um ritmo e uma maneira única de aprender. A quantidade de estímulos deve respeitar o crescimento, o desenvolvimento, a capacidade, o interesse e as possibilidades da criança e do adolescente, usando como indicador a sua faixa etária, suas habilidades, suas dificuldades e, caso apresente, o seu diagnóstico.

É enfatizado o trabalho em parceria com a escola e com demais profissionais envolvidos, em prol do desenvolvimento significativo da criança ou do adolescente, com estratégias e objetivos individualizados.

  1. Os atendimentos psicopedagógicos e neuropsicopedagógicos ocorrem semanalmente ou quinzenalmente, de acordo com a demanda de cada criança ou adolescente.
  2. Há a sintonia entre critérios relatados pelos familiares e pelos professores nas intervenções psicopedagógicas e neuropsicopedagógicas da criança ou do adolescente.
  3. A reavaliação ocorre nos casos de retorno ao neuropediatra ou psiquiatra infantil, quando a criança ou adolescente somente fez a avaliação terapêutica com a terapeuta e não ocorrem os atendimentos psicopedagógicos e neuropsicopedagógicos. Essa modalidade de atendimento é frequente para famílias de outras localidades (cidade e estado), por exemplo.
  4. A análise do desenvolvimento da criança ou do adolescente no contexto escolar – mensal, bimestral, trimestral ou semestral. Ocorre quando a avaliação terapêutica foi realizada, a criança ou adolescente mora em outra localidade e/ou já tem uma equipe que o acompanha, mas devido às questões específicas de cada caso, a terapeuta se desloca até a escola para analisar e orientar critérios pertinentes relatados pelos professores e pela família.
  5. Com a questão do COVID – 19, as reuniões escolares continuam, mas de forma on-line.
  6. Reuniões com demais terapeutas que assessoram a criança ou o adolescente são realizadas conforme a especificidade de cada caso.

Objetivos gerais com a criança

  1. De acordo com os objetivos gerais, desenvolver, promover, permitir e ampliar a/o:

    • Motivação pela aprendizagem social, pedagógica, comunicativa;
    • Iniciativa para a exploração funcional do ambiente;
    • Sustentação da atenção para realizar as propostas planejadas;
    • Aprimorar e desenvolver o processamento e a compreensão dos comandos falados ou mostrados durante as propostas;
    • Imitação com espontaneidade e com modelo, a partir das atividades planejadas;
    • Engajamento e interesse pela relação social;
    • Contato físico afetivo – reciprocidade social;
    • Sustentação do olhar durante as interações;
    • Compreensão dos comandos falados ou mostrados;
    • Exploração dos brinquedos e materiais pedagógicos conforme o seu planejamento individual;
    • Coordenação motora ampla, fina e visuomotora;
    • Brincadeira regrada com materiais pedagógicos;
    • Brincadeira simbólica;
    • Sequência da brincadeira simbólica;
    • Sequência e compreensão dos comandos para realizar o que lhe será planejado – atividade pedagógica, brincadeira simbólica e jogos estruturados;
    • Explorar cantigas de roda e músicas infantis;
    • Explorar a contação de história, nomeação e sequência de fatos;
    • Exploração de diferentes recursos pedagógicos – tinta, canetinha, lápis de cor, giz de cera, papel colorido, papéis com textura, algodão, brilho, cola, tesoura, massinha, atividades impressas e jogos educativos;
    • As funções executivas presentes no neurodesenvolvimento da sua criança – planejar, seguir sequências, controlar impulso, memória de trabalho, raciocínio, manter a atenção, flexibilidade de tarefas e resolução de problemas.


    Salienta-se que a intensidade, a frequência e o engajamento das propostas planejadas, dependem de cada criança, seus pré requisitos, suas habilidades, suas dificuldades momentâneas e a sua forma singular de assimilar os estímulos que lhe são proporcionados pela família, escola, demais terapias e médico.

Objetivos no processo de aprendizagem - Adolescentes e Crianças

O processo de aprender é pautado em propostas planejadas individualmente, de acordo com a capacidade cognitiva, comportamental, emocional, interacional e de linguagem de cada criança ou adolescente. Deve ser pedagógico, estruturado, simbólico, prático, desafiador; lúdico; motivador e prazeroso.

Estimular o cérebro, com o intuito de:

  • Aprimorar e desenvolver o raciocínio lógico e o raciocínio lógico matemático.
  • Promover e desenvolver a concentração.
  • Promover e desenvolver a percepção visual, auditiva e tátil.
  • Promover e motivar o interesse pela aprendizagem.
  • Promover e desenvolver a memória de curto e de longo prazo.
  • Desenvolver e aprimorar a criatividade e a espontaneidade.
  • Aprimorar e desenvolver as funções executivas: compreender, planejar, organizar, controlar impulso, memorizar e focar.
  • Aprender a gostar de ler e realizar desafios/atividades.
  • Aprender a estudar com autonomia.
  • Motivar-se para o estudo e para a responsabilidade dos afazeres diários.
  • Aprender a estudar.
  • Aprender a aprender.
  • Melhorar o desempenho escolar.
  • Pensar estrategicamente.
  • Desenvolver o tempo de permanência eficaz na atividade – iniciar/permanecer/finalizar.
  • Ampliar o tempo hábil de ação e de decisão frente às atividades planejadas.
  • Maior flexibilidade de pensamento.
  • Ampliar a autopercepção significativa frente aos estudos e a satisfação dos resultados alcançados, a partir da dedicação e do interesse pela aprendizagem.

 

Melhorar a memória, com o intuito de:

  • Memorizar conceitos pedagógicos.
  • Memorizar e associar fatos do cotidiano e assuntos acadêmicos.
  • Lembrar-se de conceitos e ideias abordadas no contexto escolar.
  • Processar e compreender as informações orais/verbais;
  • Estimular a memória de curto e longo prazo.
  • Treinar os sentidos (ver, ouvir, tocar, cheirar).

 

A criança ou adolescente tem objetivos específicos, mas que abrangem, de maneira geral, a capacidade de:

  • Organizar seus estudos;
  • Concentrar, raciocinar, perceber e integrar.
  • Comparar, relacionar, selecionar e julgar.
  • Classificar, ordenar, associar e sintetizar.
  • Planejar, organizar e estruturar.
  • Ver implicações e consequências das ações que realiza.
  • Interagir com o conhecimento.
  • Contextualizar o que é estudado.
  • Ampliar opções para se resolver as propostas e detectar a lógica.
  • Pensar positivamente nas ações.
  • Associar, desenhar e memorizar
  • Analisar, interpretar e completar.
  • Promover a curiosidade, experimentar, vivenciar e aplicar o conhecimento nas novas situações.
  • Solucionar desafios que possam surgir.
  • Promover a autonomia e a independência no cotidiano da criança ou adolescente.
  •